Bimequizumabe (Bimzelx®) pelo plano de saúde: saiba como obter tratamento para psoríase em placas

Bimequizumabe (Bimzelx®) pelo plano de saúde: saiba como obter tratamento para psoríase em placas

Aprovado em 2023 pela Anvisa, o medicamento bimequizumabe (Bimzelx®) tem cobertura obrigatória por todos os planos de saúde e pelo SUS para tratar psoríase em placas

O bimequizumbe (Bimzelx®) é a mais nova opção de tratamento para pacientes adultos com psoríase em placas moderada a grave

O medicamento recebeu o registro sanitário da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2023, após comprovação científica de sua eficácia para tratar a doença.

Com isso, o bimequizumabe passou a ser um medicamento que deve ser fornecido pelos planos de saúde e pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Portanto, se o médico prescrever o uso dessa medicação, o paciente deverá recebê-la, sem a necessidade de arcar com os custos do tratamento.

E, caso haja recusa de fornecimento tanto pelo plano de saúde quanto pelo SUS, poderá buscar o custeio do bimequizumabe através da Justiça.

Quer entender melhor como conseguir o bimequizumabe (Bimzelx®) para o tratamento da psoríase em placas?

Acompanhe nossas dicas sobre a cobertura do medicamento pelo plano de saúde e pelo SUS, para que serve o bimequizumabe e o que fazer para obtê-lo.

Confira, a seguir:

Bimequizumabe Bimzelx para psoríase em placas

Imagem de Freepik

O que é e para que serve o bimequizumabe?

O bimekizumabe é um anticorpo monoclonal IgG1 que inibe seletivamente a interleucina (IL)-17A e IL-17F, reduzindo a resposta inflamatória. 

Princípio ativo do medicamento Bimzelx®, o bimequizumabe recebeu registro sanitário da Anvisa para o tratamento da psoríase em placas, moderada a grave, em adultos que são candidatos a terapêutica sistêmica.

De acordo com os estudos científicos que embasaram a aprovação de uso do bimequizumabe, o medicamento inibe a expressão do gene associado à psoríase e a produção de citocinas pró-inflamatórias.

Ao inibir essas citocinas, o bimequizumabe ajuda a normalizar a inflamação cutânea e, como consequência, melhora os sintomas clínicos associados à psoríase em placas.

 

Bimequizumabe (Bimzelx®) para artrite psoriática

Apesar de a Anvisa ter aprovado o uso do bimequizumabe apenas para o tratamento da psoríase em placas, existem estudos científicos que demonstram a eficácia do medicamento também para tratar a artrite psoriática.

Também conhecida como artrite psoriásica, a doença é um tipo de artrite crônica que atinge as articulações de pacientes com psoríase.

Os principais sintomas da artrite psoriática são o aparecimento de lesões avermelhadas e escamosas na pele, sobretudo nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo.

Segundo o estudo de fase 3 Be Optimal, o tratamento com o bimequizumabe apresentou melhoras superiores nos resultados de eficácia articular, cutânea e radiográfica em pacientes com artrite psoriática que não tinham recebido tratamento anterior. 

Portanto, apesar de não constar ainda na bula aprovada pela Anvisa, o tratamento da artrite psoriática com o bimequizumabe também pode ser buscada pelo plano de saúde, com base nas evidências científicas de sua eficácia.

 

Quanto custa o Bimzelx®?

Como estamos falando de um medicamento recém-aprovado no Brasil, ainda não há informações de seu preço em nossa moeda, o real.

Nos Estados Unidos, o preço do bimequizumabe varia de US$ 7.200 a US$ 14.305 (R$ 35.506,08 a R$ 70.543,68 respectivamente, na cotação de janeiro/2024).

Já na Europa, o Bimzelx® pode ser comprado por €2.055,75 (R$ 11.089,33) a embalagem com uma caneta pré-cheia (160mg/ml de bimequizumabe) de dose única. Ou, ainda, por €5,545.80 (R$ 29.915,71) a embalagem com três canetas pré-cheias (160mg/ml de bimequizumabe) de dose única.

Portanto, estamos falando de um medicamento de alto custo, cujo valor está fora do alcance financeiro da maior parte da população brasileira.

Ou seja, o fornecimento do bimequizumabe pelo plano de saúde ou pelo SUS pode ser a única alternativa para o tratamento de muitos pacientes com psoríase em placas.

 

Plano de saúde cobre o tratamento da psoríase em placas com o bimequizumabe?

Bimequizumabe pelo plano de saúde

Imagem de jcomp no Freepik

Sim. Havendo recomendação médica para o uso do medicamento, é dever do plano de saúde cobrir o tratamento da psoríase em placas com o bimequizumabe (Bimzelx®).

A Lei dos Planos de Saúde estabelece como principal critério para determinar a cobertura de um medicamento o registro sanitário na Anvisa.

Por isso, a partir da aprovação do uso do bimequizumabe (Bimzelx®) no Brasil pela Anvisa, o medicamento passou a ter cobertura obrigatória.

Vale destacar que o registro sanitário é feito a partir de evidências científicas da eficácia do medicamento para o tratamento em questão.

Ou seja, o bimequizumabe foi aprovado pela Anvisa para o tratamento da psoríase em placas com base em estudos científicos que comprovaram que o medicamento é eficaz para a melhora dos pacientes acometidos pela doença.

E, com base nestas evidências, o médico pode recomendar o uso do medicamento. 

Portanto, neste caso, o plano de saúde não pode se recusar a custear o bimequizumabe e, caso o faça, pode ser obrigado pela Justiça a fornecê-lo.

"Nenhum plano de saúde pode recusar o fornecimento do medicamento prescrito pelo médico. Essa intervenção que o plano de saúde tenta fazer na conduta médica é absolutamente ilegal, prejudica o consumidor colocando em risco sua saúde e a negativa do medicamento se confunde com a negativa do próprio tratamento médico, não podendo prevalecer", explica o advogado especialista em plano de saúde, Elton Fernandes, professor da pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto.

 

O bimequizumabe ainda não está no rol da ANS, mesmo assim o plano deve cobrir?

Sim, mesmo fora do Rol de Procedimentos e Eventos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), o bimequizumabe deve ser coberto pelo plano de saúde.

O rol da ANS é uma lista com os medicamentos, procedimentos e tratamentos que os planos de saúde são obrigados a cobrir prioritariamente. Mas isto não significa que apenas o que está nele deve ser coberto.

Desde a aprovação da Lei 14.454/2022, que incluiu um dispositivo na  Lei dos Planos de Saúde (Lei 9656/98), é possível superar o rol da ANS sempre que houver respaldo técnico-científico para o tratamento.

E o tratamento da psoríase em placas com o bimequizumabe (Bimzelx®) é certificado pela ciência, tanto pelos estudos científicos quanto pela aprovação da Anvisa e de outras agências sanitárias de renome internacional, como a FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos e a EMA (European Medicines Agency) da União Europeia.

Portanto, mesmo ainda não tendo sido incluído no rol da ANS, o bimequizumabe deve ser fornecido por todos os planos de saúde.

 

O que fazer em caso de recusa do medicamento?

Se, diante da recomendação médica, o plano de saúde se recusar a custear o bimequizumabe (Bimzelx®), você pode recorrer à Justiça para obter o medicamento.

Peça que a operadora de saúde lhe encaminhe a negativa por escrito e solicite ao seu médico um bom relatório médico, que indique a sua necessidade e urgência pelo tratamento da psoríase em placas com o bimequizumabe.

Com isto em mãos, procure um advogado especialista em ações contra planos de saúde para te ajudar a buscar o custeio do medicamento.

O advogado especialista na área vai te orientar sobre seus direitos legais à cobertura do bimequizumabe.

Além disso, vai representá-lo adequadamente no processo judicial, utilizando as ferramentas necessárias para provar seu direito e urgência pela cobertura do tratamento prescrito.

Em nosso escritório, por exemplo, utilizamos plataformas internacionais que fornecem estudos científicos que ajudam a corroborar a recomendação médica na ação judicial.

Portanto, com ajuda especializada, você pode obter o bimequizumabe para tratar a psoríase em placas rapidamente com a ação judicial contra o plano de saúde.

 

Como obter o bimequizumabe (Bimzelx®) pelo SUS?

Assim como os planos de saúde, o SUS também passou a ser obrigado a fornecer o bimequizumabe (Bimzelx®) a partir do registro sanitário na Anvisa.

Do mesmo modo, caso o sistema público se recuse a custear o tratamento da psoríase em placas com o medicamento, pode ser contestado na Justiça.

Porém, vale destacar que o processo contra o SUS é um pouco diferente da ação contra o plano de saúde.

Primeiramente, você deve provar que não tem condições financeiras de arcar com o custo do tratamento. O que não é difícil no caso do bimequizumabe, já que este é um medicamento de alto custo.

Depois, é necessário deixar claro que não existe nenhum outro medicamento dispensado pelo SUS que seja tão eficaz quanto o bimequizumabe ao seu caso.

Este, porém, é um trabalho em conjunto do médico que lhe prescreveu o tratamento e do advogado que irá te representar.

Por isso, é importante que você peça ao seu médico de confiança um relatório clínico detalhado sobre sua necessidade de uso do bimequizumabe. E que tenha o auxílio de um advogado especialista em SUS neste processo. 

Ficou com dúvidas? Fale conosco, temos uma equipe especializada neste tipo de ação.

 

É possível receber o bimequizumabe rapidamente através da Justiça?

Sim. Você pode conseguir o custeio do bimequizumabe (Bimzelx®) para o tratamento da psoríase em placas rapidamente através da Justiça.

Isto porque este tipo de ação é feita com liminar, uma ferramenta jurídica que permite uma análise antecipada do seu pedido.

Geralmente, a Justiça costuma analisar ações com pedido de liminar em poucos dias, às vezes em 48 horas.

E, se o juiz entender por seu direito e urgência pelo tratamento, pode deferir a liminar em seu favor, obrigando o plano de saúde ou o SUS a fornecer o medicamento ainda no início do processo.

Saiba mais sobre a liminar no vídeo abaixo, com as orientações do advogado Elton Fernandes:

Vale lembrar que a liminar é uma decisão provisória que precisará ser confirmada ao final do processo. Por isso, é importante contar com a ajuda de um advogado especialista em ação contra planos de saúde.

Além disso, se você tem plano de saúde, prefira processá-lo ao invés do SUS, já que o Estado costuma demorar mais para cumprir as ordens judiciais.

 

Dá para dizer que essa ação é causa ganha?

Nunca se pode afirmar que se trata de “causa ganha”. E, para saber as reais possibilidades de sucesso de sua ação, é fundamental conversar com um advogado especialista em Direito à Saúde para avaliar todas as particularidades do seu caso, pois há diversas variáveis que podem influir no resultado da ação, por isso, é necessário uma análise profissional e cuidadosa.

O fato de existirem decisões favoráveis em ações semelhantes mostra que há chances de sucesso, mas apenas a análise concreta do seu caso por um advogado pode revelar as chances de seu processo. Portanto, converse sempre com um especialista no tema.

Se você ainda tem dúvidas sobre a cobertura do bimequizumabe (Bimzelx®) pelo plano de saúde, fale conosco. A equipe do escritório Elton Fernandes – Advocacia Especializada em Saúde atua em ações visando a cobertura de medicamentos, exames e cirurgias, casos de erro médico ou odontológico, reajuste abusivo, entre outros.

 

Escrito por:

Autor Elton Fernandes

Elton Fernandes, advogado especialista em ações contra planos de saúde e professor de pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto, da Escola Paulista de Direito (EPD) e do Instituto Luiz Mário Moutinho, em Recife.

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