
O glatirâmer é um medicamento altamente eficaz para o tratamento da esclerose múltipla.
Se você ou alguém que conhece sofre com a esclerose múltipla, então não perca o conteúdo de hoje!
Neste texto iremos abordar os seguintes tópicos:
Boa leitura!
O glatirâmer é um medicamento que tem registro junto à Anvisa e é bastante indicado para o tratamento da esclerose múltipla. A esclerose múltipla é uma doença crônica que afeta o sistema nervoso central, causando inflamação e danos aos nervos.
Diversos estudos já apontaram a eficácia do medicamento em relação a essa doença.
O glatirâmer atua modulando o sistema imunológico, ajudando a reduzir a frequência de recidivas (surtos) nos pacientes com Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente (EMRR).
O Copaxone é um medicamento que tem como princípio ativo o acetato de glatirâmer, uma combinação sintética de quatro aminoácidos que se assemelham à mielina, uma substância que envolve as fibras nervosas.
O mecanismo de ação do Copaxone ainda não é totalmente compreendido, mas acredita-se que ele ajude a reduzir a resposta imune que ataca a mielina.
O medicamento é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida ao acetato de Glatirâmer ou manitol. Além disso, seu uso não é recomendado para gestantes.
Os efeitos colaterais mais frequentes do glatiramer são:
Já os menos frequentes incluem:
Importante: geralmente são necessários exames de sangue antes de começar o tratamento com o medicamento. Siga sempre as orientações do seu médico.
O valor do medicamento pode variar conforme a farmácia, mas custa em média R$ 7.760,00. Podendo ficar abaixo ou acima desse preço.
Sim, caso haja uma recomendação médica que comprove a necessidade do uso do medicamento. Neste caso, o plano de saúde precisa cobrir o remédio, da mesma forma que qualquer outro que seja necessário para tratar a doença.
Os planos de saúde se negam a cobrir o glatirâmer por diversos motivos e usam diversos argumentos, incluindo:

A negativa de cobertura do Glatirâmer pelos planos de saúde tem sido um problema há muitos anos. Contudo, em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que os planos de saúde são obrigados a cobrir medicamentos registrados na Anvisa, por mais que eles não estejam no rol da ANS.
Sabemos que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, segundo a Constituição Federal. Portanto, o governo deve garantir o acesso a serviços de assistência à saúde, incluindo o fornecimento de medicamentos pelo SUS.
No entanto, a lista de medicamentos fornecidos pelo SUS é limitada, deixando de fora muitos medicamentos, principalmente os de alto custo. Isso pode prejudicar o tratamento de doenças graves e complexas.
Além disso, mesmo os medicamentos que constam na lista oficial podem estar em falta, devido a problemas de desabastecimento.
O acesso a medicamentos é essencial para a saúde da população. É importante que o governo invista na ampliação da lista de medicamentos fornecidos pelo SUS e na melhoria da logística de distribuição, para garantir que todos os cidadãos tenham acesso ao tratamento necessário.
Caso o plano de saúde ou o SUS negue a liberação do medicamento, é importante solicitar ao seu médico um relatório comprovando a condição da doença e explicando que os medicamentos atuais não estão sendo suficientes para o tratamento.
Também é importante pedir que essa negativa seja formalizada por escrito e então buscar orientação de um advogado especialista em saúde para entrar com a medida judicial mais adequada.
De forma geral, para ajuizar essa ação será necessário reunir os seguintes documentos:
Além desses documentos, o juiz pode determinar a apresentação de outros documentos, caso necessário.
Por ser um medicamento de alto custo, o juiz também pode determinar a realização de perícia médica, para avaliar a necessidade do medicamento para o tratamento do paciente.
Para casos como esse é essencial a participação de um advogado, pois o processo de liberação pode ser demorado, mas se você tiver o apoio jurídico, isso pode ser acelerado.
E especialmente em casos de saúde, sabemos que o tempo vale ouro!
Um advogado especialista poderá conduzir o processo de forma correta e técnica, além da possibilidade de entrar com uma liminar para tentar uma liberação mais imediata do medicamento.

O tempo para conseguir Glatirâmer através de uma ação judicial varia de acordo com a situação específica do paciente. No entanto, em geral, o processo pode levar de alguns meses a alguns anos.
Os fatores que podem influenciar o tempo de duração do processo incluem:
Em suma, o glatirâmer é indicado para pacientes que sofrem com a esclerose múltipla e que não estão conseguindo obter um bom tratamento com as outras possibilidades de medicamentos.
É válido ressaltar que esse medicamento possui registro junto à Anvisa e deve ser fornecido pelo SUS ou plano de saúde, desde que tenha comprovação médica da sua necessidade.
No entanto, como vimos no conteúdo, muitas negativas ocorrem e pode ser necessário acionar a justiça para obter acesso ao glatirâmer. Para isso, é recomendável buscar arientação de um advogado especialista em Direito da Saúde.
Escrito por:
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Elton Fernandes, advogado especialista em ações contra planos de saúde e professor de pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto, da Escola Paulista de Direito (EPD) e do Instituto Luiz Mário Moutinho, em Recife. |
ELTON FERNANDES SOCIEDADE DE ADVOGADOS
22.692.544/0001-02