Fingolimode: entenda os usos, efeitos e indicações deste medicamento

Fingolimode: entenda os usos, efeitos e indicações deste medicamento

Fingolimode: quais são os usos, efeitos e indicações

O fingolimode é um medicamento utilizado para tratar a esclerose múltipla remitente recorrente, uma doença que afeta o sistema nervoso e causa lesão e inflamação dos nervos

Sua função é reduzir a atividade do sistema imunológico, que é responsável pela inflamação e pelo dano nervoso. 

Assim, ele pode diminuir a frequência das crises e a progressão da doença, mas não a cura.

Mas afinal, quais são as utilizações, efeitos e indicações do fingolimode? Neste artigo, o advogado especialista em Direito à Saúde, Elton Fernandes, explicará detalhamente tudo sobre este medicamento. 

Vamos lá? Então, boa leitura! 

Para que serve o remédio Fingolimode?

O fingolimode é utilizado para tratar esclerose múltipla remitente recorrente, uma doença que afeta o sistema nervoso e causa inflamação, lesões e atrofia cerebral. 

Esse medicamento é comercializado sob a forma de cápsulas de 0,5 mg, que devem ser tomadas por via oral uma vez ao dia, com ou sem alimentos. 

O tratamento com o medicamento deve ser iniciado e acompanhado por um médico especialista em esclerose múltipla, pois o medicamento pode causar efeitos colaterais. 

O fingolimode é um medicamento de alto custo e está sujeito a um controle especial. No entanto, pode ser solicitado pelo plano de saúde ou SUS. 

Como age o Fingolimode?

O fingolimode atua suprimindo as células do sistema imunológico que atacam o próprio organismo e reduzindo a frequência e a gravidade das crises. 

É essencial ressaltar que o fingolimode não cura a doença em si, mas auxilia a retardar a sua progressão e a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

O medicamento age de maneira a modular o sistema imunológico, impedindo que certas células do sistema imunológico, chamadas linfócitos T, deixem os gânglios linfáticos e entrem na corrente sanguínea.

O mecanismo de ação do fingolimode envolve a ativação de receptores de esfingosina-1-fosfato nas células linfocitárias, induzindo a internalização das células dos gânglios linfáticos. 

Ao prevenir a migração dessas células para a circulação periférica, o medicamento reduz a capacidade delas de atravessar a barreira hematoencefálica e entrar no sistema nervoso central. 

Isso é essencialmente importante na esclerose múltipla, pois a resposta autoimune que ocorre da doença envolve a invasão de células do sistema imunológico no sistema nervoso central, resultando em inflamação e danos aos nervos. 

Quanto tempo o Fingolimode faz efeito?

O tempo para que o fingolimode comece a fazer efeito pode variar de pessoa para pessoa. Mas, em geral, a resposta terapêutica pode levar semanas ou até meses.

Além disso, o efeito do fingolimode na esclerose múltipla pode ser gradual, com uma redução na frequência e na gravidade das recaídas ao longo do tempo. 

É importante ressaltar que a esclerose múltipla é uma condição crônica e o tratamento com fingolimode é muitas vezes contínuo. 

Por isso, cada paciente pode experimentar uma resposta individual ao medicamento, e os benefícios podem se acumular ao longo do tempo. 

Quais são os efeitos colaterais do Fingolimode?

 Fingolimode: entenda os usos, efeitos e indicações deste medicamento

Mas afinal, quais são os efeitos colaterais do Fingolimode? Os efeitos podem variar de acordo com o caso e o paciente em si. No entanto, os principais podem ser:

Reações muito comuns - ocorre em mais de 10% dos paciente

Os efeitos colaterais do fingolimode são classificados em diferentes categorias. Para começar, vamos conhecer as mais comuns. 

Estas acontecem em mais de 10% dos pacientes que utilizam o medicamento, gerando infecção pelo vírus da gripe, manifestada pelo cansaço, calafrios, dor de garganta e outros.

Além disso, é bastante comum a sensação de pressão ou dor nas bochechas e na testa, indicativa de sinusite. 

Outros efeitos colaterais comuns incluem dor de cabeça, diarréia, dor nas costas e tosse, além do aumento dos níveis de enzimas do fígado. 

Reação comum - ocorre entre 1% e 10% dos pacientes 

Os efeitos colaterais do fingolimode, classificados como comuns, ocorrendo entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam o medicamento, abrangem diversos sintomas e condições.

Entre eles, podemos destacar a bronquite, caracterizada por tosse com catarro, dor no peito e febre. 

Além disso, as infecções por herpes zoster podem surgir com bolhas, ardor, coceira ou no rosto, acompanhadas de febre, fraqueza e, nos estágios iniciais, entorpecimento, coceira ou manchas vermelhas com dor intensa. 

Outros efeitos colaterais comuns incluem:

  • Bradicardia;
  • Carcinoma basocelular;
  • Infecção fúngica da pele;
  • Tontura;
  • Enxaqueca severa com náusea;
  • Vômitos;
  •  Sensibilidade à luz; 
  • Fraqueza;
  • Eczema; 
  • Perda de cabelo;
  • Perda de peso;
  • Níveis aumentados de triglicérides no sangue;
  • Falta de ar;
  • Resultados anormais no teste de função pulmonar;
  • Depressão;
  • Visão borrada;
  • Hipertensão leve. 

Com isso, é essencial que os pacientes estejam cientes desses potenciais efeitos colaterais e comuniquem qualquer preocupação ou sintoma ao médico responsável pelo caso. 

Não se esqueça que a supervisão médica é essencial para avaliar a tolerância individual ao medicamento e tomar medidas apropriadas, se necessário. 

Reação incomum - ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes 

Além dos efeitos colaterais comuns do fingolimode, existem alguns efeitos menos frequentes que também merecem atenção dos pacientes. 

Entre esses, a pneumonia pode se manifestar com sintomas como febre, tosse e dificuldade para respirar, sendo importante monitorar qualquer alteração respiratória no tratamento. 

O edema macular, caracterizado pelo inchaço na área de visão central da retina posterior do olho, apresenta sintomas como sombras e pontos cegos na visão. 

Outro efeito colateral menos comum inclui a redução de plaquetas no sangue, o que pode afetar a capacidade de coagulação e deve ser monitorado durante o tratamento. 

Além disso, o desenvolvimento de melanoma, um tipo de câncer de pele originado a partir de nevos melanocíticos, é um efeito colateral a ser considerado.

Crises convulsivas, embora raras, podem ocorrer, sendo mais frequentes em crianças e adolescentes do que em adultos. 

Qualquer manifestação desses efeitos colaterais menos comuns deve ser prontamente comunicada ao médico para avaliação e ajustes no plano de tratamento, se necessário.

Reação rara - ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes

 Fingolimode: entenda os usos, efeitos e indicações deste medicamento

Os efeitos colaterais considerados raros na utilização do fingolimode, ocorrendo entre 0,01% e 0,1% dos pacientes, incluem uma condição conhecida como Síndrome de Encefalopatia Posterior Reversível (PRES). 

Esta síndrome é caracterizada pelo início repentino de sintomas como dor de cabeça intensa, confusão, convulsões e alterações na visão.

A Síndrome de Encefalopatia Posterior Reversível é uma condição séria e, embora seja pouco frequente, é crucial estar ciente dos sinais indicativos. 

Qualquer manifestação desses sintomas raros deve ser prontamente comunicada ao médico responsável pelo tratamento, permitindo uma avaliação detalhada da situação e a tomada de medidas apropriadas, se necessário. 

Reações muito raras - ocorre em menos de 0,01% dos pacientes

Por fim, os efeitos colaterais do fingolimode considerados muito raros, ocorrendo em menos de 0,01% dos pacientes, incluem a possível ocorrência de um tumor associado à infecção pelo vírus do herpes humano 8, conhecido como sarcoma de Kaposi.

O sarcoma de Kaposi é uma condição extremamente incomum e, embora seja uma reação altamente improvável ao medicamento, é importante que os pacientes estejam cientes dessa possibilidade. 

Quais as contraindicações do Cloridrato de Fingolimode?

Para saber as contraindicações do Cloridrato de Fingolimode, é essencial que você procure um médico para relatar sua situação em específico. 

No entanto, de acordo com a bula do Cloridrato de Fingolimode, o medicamento é contraindicado em pacientes com:

  • Hipersensibilidade ao fingolimode ou a qualquer um dos excipientes;
  • Ocorrência recente (últimos 06 meses) de infarto do miocárdio, derrame, angina instável, ataque isquêmico transitório, insuficiência cardíaca descompensada necessitando hospitalização, insuficiência cardíaca classe III/IV;
  • Histórico ou presença de bloqueio atrioventricular de 2º grau com Mobitz tipo II ou 3º grau do bloqueio atrioventricular, doença do nó sinusal (exceto o paciente que faz uso de marca-passo);
  • Hipertensão arterial não controlada, apneia do sono grave não tratada;
  • Uso de drogas antiarrítmicas classe Ia ou classe III;
  • Intervalo de QT maior ou igual a 500 ms;
  • Insuficiência hepática grave (Child-Pugh classe C).

Além disso, o Fingolimode deve ser utilizado com cautela em pacientes com comprometimento renal, hepático, respiratório ou mental, miastenia grave, problemas com álcool ou drogas, ou idade superior a 65 anos. 

Como usar o Fingolimode?

 Fingolimode: entenda os usos, efeitos e indicações deste medicamento

Para utilizar o fingolimode de maneira correta, você deve consultar o médico que está acompanhando o tratamento do seu quadro. 

Isso porque ele passará a dose ideal de consumo para sua situação. No entanto, existem algumas informações gerais de uso. Vamos conhecê-las a seguir! 

População-alvo geral

A dose recomendada de fingolimode é de uma cápsula de 0,5 mg tomada por via oral uma vez ao dia, que pode ser tomada juntamente com alimentos ou não. 

Caso uma dose seja esquecida, o tratamento deve ser continuado com a próxima dose conforme planejado no tratamento. 

No início do tratamento com fingolimode, após a primeira dose, recomenda-se que todos os pacientes sejam observados, com aferição de pressão arterial e da pulsação a cada hora.

Todos os pacientes devem realizar um eletrocardiograma antes da dose e após o término do período de 6 horas de monitorização. 

Populações especiais

O Fingolimode deve ser utilizado com cautela em pacientes com comprometimento hepático grave (Child-Pugh classe C) e pacientes com 65 anos de idade ou mais.

Além desses, é importante dar uma atenção especial em pacientes com miastenia grave, pacientes com problema com álcool ou drogas, ou aqueles que usam outros medicamentos.

Por isso, se você for um paciente com condições especiais, visite seu médico e deixe claro todas suas condições para que ele te passe um tratamento adequado. 

Qual o melhor horário para tomar o Fingolimode?

De acordo com a bula do medicamento, o fingolimode deve ser tomado por via oral uma vez ao dia, com meio copo de água, acompanhado ou não com alimentos. 

A dose recomendada é de uma cápsula de 0,5 mg. Procure tomar no mesmo horário preferencialmente todos os dias para não esquecer. 

Caso a dose seja esquecida, o tratamento deve ser continuado com a próxima dose conforme planejado. 

Por isso, não existe um horário em específico para tomar o fingolimode, mas é essencial seguir as orientações da bula e do seu médico. 

Se você deseja garantir um tratamento adequado com o fingolimode, pelo plano de saúde ou SUS, não hesite em contar com a equipe do Elton Fernandes! Entre em contato e contrate um de nossos advogados especializados em Direito à Saúde.

Conclusão

O fingolimode é um medicamento de alto custo e, muitas vezes, alguns pacientes não possuem renda suficiente para cobrir o tratamento. 

Neste caso, esses pacientes recorrem aos planos de saúde e ao SUS para garantir o acesso ao tratamento completo. 

No entanto, é possível que aconteça a recusa do fornecimento deste medicamento, o que prejudica o paciente de ter uma vida saudável e sem preocupações. 

A recusa do tratamento com prescrição médica é proibida e se o paciente depender do medicamento para viver, é obrigação do SUS e dos planos de saúde cobrirem os gastos. 

Por isso, não desista do seu tratamento por conta da sua recusa, com o auxílio da equipe do Elton Fernandes, você pode conseguir a cobertura completa do seu tratamento!

Escrito por:

Autor Elton Fernandes

Elton Fernandes, advogado especialista em ações contra planos de saúde e professor de pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto, da Escola Paulista de Direito (EPD) e do Instituto Luiz Mário Moutinho, em Recife.

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