Diante dos altos custos da fertilização in vitro (FIV) - que podem ultrapassar R$ 30 mil por tentativa - pacientes têm buscado na Justiça o direito de usar o saldo do FGTS para custear o tratamento. Embora a legislação atual não preveja expressamente essa possibilidade, tribunais federais têm autorizado o saque em casos de infertilidade comprovada, como destaca matéria do Valor Econômico.
A prática ganhou força após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir, em 2022, que planos de saúde só são obrigados a cobrir a FIV se houver cláusula contratual específica. Com isso, muitos casais passaram a recorrer ao Judiciário para acessar o fundo como alternativa de financiamento.
Segundo o advogado Elton Fernandes, especialista em Direito da Saúde, a jurisprudência tem reconhecido que o rol de hipóteses de saque do FGTS não é taxativo, permitindo interpretações que levem em conta o direito à saúde e ao planejamento familiar. Ele explica que, para obter a liberação, é necessário apresentar laudo médico, orçamentos e documentos pessoais.
Enquanto isso, tramita na Câmara o Projeto de Lei 55/2023, que busca regulamentar o uso do FGTS para tratamentos de reprodução assistida. A proposta ainda aguarda votação.
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ELTON FERNANDES SOCIEDADE DE ADVOGADOS
22.692.544/0001-02