Rol da ANS 2025: o que mudou e quando o plano deve cobrir um tratamento fora da lista?

Rol da ANS 2025: o que mudou e quando o plano deve cobrir um tratamento fora da lista?

Data de publicação: 03/06/2025
 

 

Entenda quando o plano deve cobrir tratamentos fora do rol da ANS 2025 e como buscar seus direitos com apoio jurídico especializado

Você já passou pela frustração de ter um tratamento negado pelo plano de saúde com a justificativa de que “não está no rol da ANS”?

Se sim, você não está sozinho - e mais importante: seus direitos não param nessa lista.

O chamado Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da Agência Nacional de Saúde (ANS) é uma das maiores fontes de dúvida entre beneficiários.

Em muitos casos, a falta de informação (ou a informação incompleta) faz com que as pessoas aceitem a negativa do plano sem questionar. Mas a verdade é que nem tudo que está fora do rol deve ser recusado.

Com base na lei atual, há caminhos para garantir a cobertura de tratamentos, e o apoio jurídico certo pode fazer toda a diferença.

Neste conteúdo completo, vamos explicar:

Foto: National Cancer Institute/Unsplash

Entenda o que é o rol de procedimentos da ANS

O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS é uma lista criada e atualizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Ele define quais exames, consultas, terapias, cirurgias e outros procedimentos os planos de saúde devem cobrir obrigatoriamente.

A lista é o mínimo obrigatório, mas não deve ser usada como barreira para tratamentos essenciais.

Ela é baseada em critérios técnicos e científicos. Porém, como ela é atualizada periodicamente (e nem sempre com a velocidade que a medicina avança), surgem situações em que tratamentos modernos, eficazes e indicados por médicos ainda não foram incluídos.

Rol da ANS: afinal, ele é obrigatório, taxativo ou exemplificativo?

Essa pergunta é mais comum do que parece - e muito importante.

Por muitos anos, a Justiça entendia que o rol era exemplificativo, ou seja, que ele apresentava exemplos mínimos, mas não limitava outras coberturas.

Isso dava aos pacientes a chance de conseguir tratamentos fora da lista, desde que houvesse justificativa médica e base científica.

Mas em 2022, uma decisão do STJ causou alvoroço: o entendimento foi de que o rol era taxativo em regra - o que poderia restringir o acesso a tratamentos não listados.

A resposta veio ainda em 2022, com a Lei 14.454/2022, que virou o jogo a favor dos pacientes. Com ela, o rol passou a ser exemplificativo condicionado, permitindo que tratamentos fora da lista sejam cobertos em determinadas condições.

Como funciona o rol da ANS em 2025?

Com a nova legislação, o rol da ANS continua sendo um guia de referência para a cobertura de tratamentos pelos planos de saúde.

Mas agora, se um tratamento não está na lista, isso não significa que ele não pode ser coberto. O plano deve autorizar o procedimento fora do rol se:

  • houver prescrição médica justificada;
  • o tratamento tiver eficácia comprovada cientificamente;
  • ele for recomendado por órgãos reconhecidos, como a Conitec, a OMS, o FDA ou equivalentes.

Ou seja: a ausência no rol não é desculpa para o plano de saúde negar a cobertura.

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Foto: Parentingup Stream/Pixabay

E se meu tratamento não está no rol? Posso conseguir?

Sim. Mesmo fora da lista, a cobertura de um tratamento pode ser obtida - principalmente se você contar com o apoio jurídico correto.

Para isso, é importante:

  • Ter um laudo médico detalhado, explicando a necessidade do tratamento;
  • Juntar estudos científicos e diretrizes clínicas que comprovem sua eficácia;
  • Comprovar que as alternativas oferecidas pelo plano são ineficientes ou inadequadas.

Esses documentos são fundamentais para ingressar com uma ação judicial - muitas vezes com pedido de liminar, para começar o tratamento o quanto antes.

A negativa de cobertura com base no rol da ANS é legal?

Com a legislação em vigor, não é legal negar cobertura apenas com base no rol da ANS, se o tratamento for comprovadamente eficaz e necessário.

Segundo a Lei 14.454/2022, a negativa só pode ser aceita se o tratamento:

  • Não tiver respaldo científico;
  • For experimental.

Se nada disso se aplica ao seu caso, a negativa pode - e deve - ser contestada.

Por que contar com um advogado especialista em planos de saúde?

Negativas de cobertura são complexas: envolvem interpretação de laudos, análise de legislações e, muitas vezes, o tempo é essencial para o paciente.

É nesse momento que a atuação de um advogado especialista em planos de saúde faz toda a diferença.

Um advogado com experiência na área da Saúde pode:

  • Avaliar toda a documentação médica e técnica;
  • Identificar se há fundamento legal para a negativa;
  • Ingressar com ação judicial, incluindo pedido de tutela de urgência (liminar);
  • Acompanhar o processo e buscar que o tratamento comece rapidamente.

E o melhor: o atendimento pode ser feito 100% online, sem a necessidade de sair de casa, permitindo o acesso à ajuda especializada mesmo em outras cidades.

Guia sobre reajuste do plano de saúde Guia sobre reajuste do plano de saúde
Foto: Fernando Zhiminaicela/Pixabay

Passo a passo: o que fazer se seu tratamento foi negado com base no rol da ANS em 2025

Se você recebeu uma negativa de cobertura com base no rol da ANS em 2025, siga estes passos:

  1. Peça a justificativa por escrito da operadora de saúde;
  2. Guarde o relatório médico que prescreveu o tratamento;
  3. Reúna estudos científicos e diretrizes clínicas que comprovem a eficácia do procedimento;
  4. Consulte um advogado especialista em Direito à Saúde;
  5. Se necessário, ingresse com ação judicial pedindo uma liminar.

Esses passos são simples, mas fazem toda a diferença na hora de conseguir seu tratamento.

O rol da ANS não é mais uma barreira

A ideia de que “se não está no rol, o plano pode negar” ficou no passado. Hoje, com a legislação atualizada, o foco está na medicina baseada em evidências e no direito individual à saúde.

A sua saúde deve vir em primeiro lugar. Não aceite uma negativa sem buscar informações. Em muitos casos, o tratamento pode ser conseguido por decisão judicial - e quanto antes você agir, melhor.

Seu direito é prioridade. Fale com um advogado e defenda sua saúde.

Se você ou alguém da sua família recebeu uma negativa de tratamento com base no rol da ANS, não aceite isso sem questionar.

A lei está do seu lado - e com o apoio jurídico certo, você pode reverter essa situação.

Fale com um advogado especialista em planos de saúde. Ele pode analisar seu caso, orientar sobre os documentos necessários e, se for preciso, buscar a cobertura judicialmente. Tudo de forma rápida, segura e online.

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FAQ - Perguntas frequentes sobre o rol da ANS 2025

Você sabia que muitos tratamentos são negados pelos planos de saúde com base no chamado “rol da ANS”?

Essa lista de procedimentos tem gerado dúvidas e frustrações entre beneficiários, especialmente quando tratamentos essenciais são recusados.

Mas afinal, o rol de procedimentos e eventos em saúde da ANS é obrigatório? Ele é taxativo ou exemplificativo? E o que fazer quando o plano diz que não vai cobrir o tratamento que seu médico indicou?

A seguir, respondemos às principais perguntas sobre o rol de procedimentos da ANS em 2025, como ele funciona, o que mudou com a legislação, e como um advogado especialista em planos de saúde pode te ajudar caso seu direito seja negado.

O que é o rol de procedimentos e eventos em saúde da ANS?

O rol de procedimentos da ANS é uma lista criada e atualizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que determina os tratamentos, exames, terapias e cirurgias que os planos de saúde são obrigados a cobrir.

Ele é como um “mínimo obrigatório” do que deve ser coberto pelas operadoras, mas não um limitador de coberturas de tratamentos aos beneficiários.

Esse rol vale para todos os planos de saúde regulamentados e é atualizado periodicamente com base em critérios técnicos, científicos e econômicos.

No entanto, a interpretação sobre essa lista já foi motivo de muita polêmica, especialmente quando operadoras de saúde usavam o rol da ANS como justificativa para negar tratamentos importantes.

Rol da ANS é taxativo ou exemplificativo?

Essa é uma das perguntas mais comuns: o rol da ANS é taxativo ou exemplificativo? Por muito tempo, o debate girou em torno dessa dúvida.

Antes de 2022, a jurisprudência era dividida, mas predominava a ideia de que o rol era mínimo obrigatório, ou seja, exemplificativo. Isso permitia a cobertura de tratamentos fora da lista em situações específicas.

Contudo, uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em junho de 2022 entendeu que o rol da ANS era taxativo em regra, o que limitava bastante os direitos dos beneficiários.

A repercussão foi enorme, principalmente entre pacientes com doenças raras, autismo, câncer e outros quadros que exigem tratamentos modernos e personalizados.

Felizmente, no mesmo ano, foi aprovada a Lei nº 14.454/2022, que reformulou esse entendimento. Segundo essa nova norma, o rol da ANS é exemplificativo condicionado. Isso quer dizer que:

Tratamentos que não estão no rol da ANS atualizado podem ser cobertos pelo plano de saúde, desde que tenham respaldo técnico e científico.

Como funciona o rol da ANS atualizado em 2025?

Com a mudança legal, o rol da ANS atualizado em 2025 continua sendo uma referência para cobertura obrigatória, mas não é mais um limite absoluto.

Ou seja, mesmo que um tratamento não esteja listado no rol de procedimentos da ANS, ele pode e deve ser coberto se:

  • Houver prescrição médica justificada;
  • Existirem evidências científicas sobre sua eficácia;
  • O tratamento for autorizado por órgãos como a Conitec, OMS, FDA, ou equivalente.

Na prática, isso impede que operadoras de saúde usem o argumento do “não está no rol” como uma barreira intransponível para o custeio de tratamentos.

Tratamentos fora do rol da ANS: quando e como é possível conseguir?

Mesmo fora da lista oficial, um tratamento com eficácia comprovada pela ciência pode ser obtido judicialmente. Para isso, é importante reunir alguns documentos:

  • Laudo médico detalhado, explicando por que aquele tratamento é essencial;
  • Estudos científicos e diretrizes clínicas que comprovem a eficácia da intervenção;
  • Declaração de que os tratamentos listados no rol são ineficazes ou inadequados para o caso específico.

Caso o plano de saúde negue a cobertura, essa negativa pode ser contestada com a ajuda de um advogado especialista em Saúde, por meio de uma ação judicial - muitas vezes com pedido de liminar, para início rápido do tratamento.

A negativa de cobertura com base no rol da ANS é legal?

Com a legislação atual, não. A negativa de um procedimento somente com base no rol da ANS é considerada ilegal, caso haja comprovação científica da eficácia do tratamento.

A Lei nº 14.454/2022 determina que o rol da ANS é exemplificativo, e que a recusa só é válida se for demonstrado que o tratamento:

  • Não tem comprovação científica;
  • Tem alternativas eficazes já cobertas;
  • Ou for experimental.

Caso contrário, o consumidor tem direito à cobertura - e pode exigir isso judicialmente.

Como um advogado pode ajudar em casos de negativa de cobertura?

Com o rol da ANS exemplificativo condicionado, o apoio de um advogado especialista em planos de saúde é ainda mais importante em caso de recusa baseada na ausência do tratamento na lista. 

Esse profissional pode:

  • Avaliar os documentos e laudos médicos;
  • Montar uma fundamentação jurídica sólida com base na legislação e na ciência;
  • Entrar com ação judicial, incluindo pedidos de tutela de urgência;
  • Acompanhar o processo e buscar que o paciente tenha acesso rápido ao tratamento necessário.

E o melhor: como os processos são 100% eletrônicos, o atendimento pode ser feito de forma totalmente online, independentemente de onde o paciente esteja.

O que fazer se seu tratamento foi negado pelo plano?

Se o seu tratamento foi negado pelo plano de saúde com base no rol da ANS, é importante seguir alguns passos para garantir seus direitos em 2025. 

Primeiro, solicite por escrito a justificativa da negativa, exigindo que a operadora explique os motivos da recusa.

Em seguida, guarde o laudo médico que recomenda o tratamento, pois esse documento será essencial para fundamentar seu pedido. Nele, deve constar diretrizes médicas e estudos científicos que comprovem a eficácia do procedimento indicado, reforçando a necessidade da cobertura.

Com esses documentos em mãos, consulte um advogado especialista em planos de saúde para avaliar a viabilidade de uma ação judicial

Caso seja necessário, é possível ingressar com um processo solicitando uma liminar, a fim de buscar o início imediato do tratamento prescrito.

Veja um passo a passo simples para buscar seus direitos em 2025:

  1. Solicite por escrito a justificativa da negativa do plano de saúde;
  2. Guarde o laudo médico que recomenda o tratamento;
  3. Pesquise diretrizes médicas e estudos científicos que comprovem a eficácia;
  4. Consulte um advogado especialista para avaliar a viabilidade da ação;

Se necessário, ingresse com ação judicial com pedido de liminar.

O rol da ANS limita a cobertura dos planos de saúde?

Não. Na realidade, a discussão sobre o rol da ANS mostra que, mesmo com listas de referência, o direito à saúde não pode ser engessado.

Cada paciente é único, e o sistema de saúde suplementar deve respeitar a individualidade dos tratamentos. Por isso, é fundamental saber que:

  • O rol de procedimentos e eventos em saúde da ANS é apenas uma base mínima;
  • A lei prioriza a comprovação científica e a indicação médica;
  • A negativa baseada apenas no rol da ANS atualizado pode ser revertida judicialmente.

O rol da ANS não é mais uma barreira intransponível

Se você está enfrentando uma negativa de cobertura de um exame, cirurgia, terapia ou qualquer outro procedimento, não aceite de imediato a justificativa do plano. O rol de procedimentos da ANS não é mais taxativo, e a sua saúde vem em primeiro lugar.

Procure informações, reúna os documentos e converse com um advogado especialista em saúde. Em muitos casos, é possível conseguir o tratamento por meio de uma decisão judicial rápida e eficaz.

Tem dúvidas sobre o rol da ANS ou sofreu negativa de tratamento? Fale com um advogado especialista em planos de saúde e busque o que é seu por direito!

Escrito por:

Autor Elton Fernandes

Elton Fernandes, advogado especialista em ações contra planos de saúde, professor de pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto, da Escola Paulista de Direito (EPD) e do Instituto Luiz Mário Moutinho, em Recife, professor do Curso de Especialização em Medicina Legal e Perícia Médica da Faculdade de Medicina da USP e autor do livro "Manual de Direito da Saúde Suplementar: direito material e processual em ações contra planos de saúde".

  

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