O ivacaftor é uma substância presente em medicamentos utilizados no tratamento da Fibrose Cística (FC), uma doença genética crônica que afeta os pulmões e o sistema digestivo.
Estes medicamentos atuam na correção da proteína CFTR, auxiliando no tratamento da Fibrose Cística e, por este aspecto, o acesso ao ivacaftor é crucial para o devido tratamento e melhora no quadro de saúde.
Neste artigo exclusivo, o Dr. Elton Fernandes explica tudo sobre este princípio ativo: o que é, quais pacientes são elegíveis ao tratamento e, sobretudo, como ter acesso.
Continue no artigo e tenha uma ótima leitura!
O Ivacaftor é um princípio ativo, utilizado como substância farmacológica na produção de medicamentos utilizados no tratamento da Fibrose Cística (FC), atuando diretamente na correção da função da proteína CFTR defeituosa em pacientes com as mutações genéticas que causam a FC.
A Fibrose Cística (FC) é uma doença genética crônica e progressiva que afeta principalmente os pulmões e o sistema digestivo, causando a produção de muco espesso e pegajoso. Esse muco anormal pode obstruir as vias aéreas, facilitando infecções pulmonares e prejudicando a respiração.
No trato digestivo, interfere na liberação de enzimas pancreáticas, o que impacta na digestão e absorção de nutrientes.
Causada por mutações no gene regulador da condutância transmembranar de fibrose cística (CFTR), a fibrose cística é geneticamente herdada, sendo que ambos os pais devem carregar uma cópia do gene defeituoso para que a doença seja manifestada no filho.
Pacientes elegíveis para o tratamento com Ivacaftor são aqueles diagnosticados com Fibrose Cística, que possuem mutações específicas no gene CFTR e que respondem ao tratamento com esse medicamento.
Tipicamente, essas mutações permitem a produção da proteína CFTR, mas afetam sua função. Para determinar a elegibilidade, é necessária a realização de um teste genético que identifique a presença de mutações responsivas ao princípio ativo.
A decisão de terapia deve ser feita única e exclusivamente por médico especialista, após uma avaliação detalhada e individualizada do paciente, considerando o perfil genético, a condição de saúde e a compatibilidade com os critérios de uso do medicamento.
Como vimos, a Fibrose Cística é uma doença relacionada a mutações genéticas, acometendo os pulmões e, por vezes, o sistema digestivo. Medicamentos com este princípio ativo são recomendados para o tratamento.
Por este aspecto, caso diagnosticada a FC, deve-se iniciar prontamente o tratamento e, para que ocorra de maneira satisfatória, o acesso ao medicamento é essencial.
Veja a seguir como ter acesso!
O valor comercial de medicamentos com ivacaftor apresenta um elevado preço unitário, representando uma barreira econômico-financeira de acesso ao medicamento e sua utilização adequada ao longo do tratamento para a Fibrose Cística.
Por este aspecto, é comum que famílias recorram ao Sistema Único de Saúde (SUS), em seus programas dedicados ao fornecimento de medicamentos complexos, de modo que o tratamento seja efetivamente conduzido.
Mas, como está a disponibilidade pelo SUS e o que fazer caso seja negado o acesso?
Apesar do alto custo unitário, tratamentos à base de ivacaftor são atualmente disponibilizados pelo SUS. Em 2023, o Ministério da Saúde e a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) aprovaram seus usos e incorporação no SUS.
As recomendações da Conitec indicam a autorização à prescrição em pacientes com, pelo menos, 6 anos e que apresentam pelo menos uma ou duas cópias da mutação F508del no gene CFTR.
De todo modo, tendo em vista sua recente incorporação, é possível ainda ocorrer complicações relativas ao acesso e devido uso no tratamento da Fibrose Cística. Nestes cenários, deve-se recorrer judicialmente.
Ou seja, é possível que, em certos casos, o Sistema Único de Saúde venha a negar o acesso gratuito a uma determinada medicação.
No entanto, o acesso à saúde também é compreendido como direito do cidadão. Por isso, é convencionalmente aceito por juristas o exercício do direito de acesso à saúde, tendo em vista o art. 196 da Constituição Federal.
Em casos semelhantes, procure o auxílio e acompanhamento do Dr. Elton Fernandes, referência nacional em Direito à Saúde, representando clientes em mais de 7.000 ações judiciais em todo o território nacional.
Conforme as recomendações farmacológicas e médicas, o regime posológico padrão para adultos e crianças a partir de 6 anos pesando mais de 25 kg é de um comprimido a cada 12 horas.
Se uma dose for esquecida e lembrada em um intervalo de até 6 horas, ela deve ser tomada o mais rápido possível. Caso contrário, aguarde-se a próxima dose programada.
Ajustes na dosagem devem ser feitos em cenários de interações medicamentosas com inibidores de CYP3A e em pacientes com insuficiência hepática.
Vale ressaltar que é crucial seguir as instruções de seu médico ou médica, notificando qualquer reação inesperada ao utilizar o medicamento.
Antes de iniciar o tratamento, é fundamental realizar um teste genético para confirmar a presença de mutações pré-qualificadas no gene CFTR.
Sendo administrado via oral, os pacientes devem engolir os comprimidos inteiros, sem partir ou mastigar, para assegurar a correta liberação do princípio ativo. Importante destacar que o medicamento deve ser ingerido acompanhado por alimentos com teor de gordura suficiente, uma prática que auxilia na sua absorção.
Alimentos como manteiga, óleos, ovos, queijos, nozes, leite integral e carnes são opções adequadas, enquanto o consumo de toranja, carambola e laranjas de Sevilha deve ser evitado.
Consulte seu médico de confiança e verifique todas as recomendações de uso.
Este princípio ativo não é indicado a pacientes sem a presença de mutações indicadas no gene CFTR, além de ser cautelosamente administrado ou ajustado em indivíduos com:
Os efeitos colaterais mais comuns incluem dor de cabeça, dor na garganta, náuseas e tontura.
No entanto, existem riscos de eventos adversos sérios e que também devem ser considerados, como disfunções hepáticas.
O monitoramento rigoroso, com exames regulares, pode ajudar a detectar quaisquer efeitos adversos precocemente, permitindo ajustes na dosagem ou mesmo a descontinuação do tratamento se necessário.
Como vimos, o Ivacaftor é um tratamento inovador para a fibrose cística, uma doença genética que causa produção de muco espesso, obstruindo pulmões e afetando a digestão. Ele corrige a função da proteína CFTR em pacientes com certas mutações genéticas.
Indicado para uso apenas em pessoas identificadas por meio de exame genético como portadoras de mutações reativas ao fármaco, o tratamento se destina a adultos e crianças com mais de 6 anos e peso superior a 25kg, com a posologia de um comprimido a cada 12 horas.
A ingestão deve acontecer com alimentos ricos em gorduras para eficiente absorção, evitando-se comidas que interagem negativamente com o medicamento.
Vale ressaltar que existem algumas contraindicações e necessidade de ajustes de dose em casos de disfunção hepática ou renal severa, além de cautela em idosos e quando há interações com outros medicamentos.
Efeitos adversos comuns incluem cefaleia, dores de garganta, náuseas e tonturas. Também há risco de problemas hepáticos graves, exigindo monitoramento médico atento para adequar o tratamento conforme necessário.
O Ivacaftor é uma ferramenta valiosa na melhoria da qualidade de vida dos pacientes com fibrose cística, demandando acompanhamento especializado. Por este aspecto, seu acesso é fundamental para o devido tratamento.
Neste artigo exclusivo você aprendeu sobre o ivacaftor, princípio ativo em medicamentos utilizados no tratamento da Fibrose Cística, uma doença genética que provoca a produção de muco espesso, obstruindo pulmões.
A despeito de seu alto valor unitário, atualmente o Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta distribuição. Entretanto, por adversidades, é possível que o medicamento não seja oferecido de maneira adequada e o acesso seja restringido.
Nestes momentos, é necessário contar com o auxílio próximo de advogados especialistas em Direito da Saúde, por meio de representação em ação judicial.