Trastuzumab: como conseguir o medicamento pelo SUS e plano de saúde?

Trastuzumab: como conseguir o medicamento pelo SUS e plano de saúde?

Trastuzumab: como conseguir o medicamento pelo SUS e plano de saúde?

O trastuzumab é um medicamento de alto custo que pode salvar vidas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, só em 2018, 627 mil mulheres morreram de câncer de mama no mundo. No Brasil, os diagnósticos chegam a totalizar 60 mil casos por ano, número que resulta em uma taxa de incidência de 60/100 mil habitantes.

Ainda de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2017 foram reportadas 16.724 mortes em mulheres devido ao câncer de mama. 

Ainda segundo algumas estatísticas, estima-se que nos próximos 20 anos esse número poderá sofrer um aumento de 47%.

Conforme alguns estudos clínicos, o medicamento trastuzumabe se mostrou altamente eficaz no risco de progressão da doença.

Contudo, mesmo as pacientes que precisam do medicamento e possuem indicação médica, nem sempre conseguem sua liberação pelo plano de saúde ou SUS. 

Confira o conteúdo de hoje pontos importantes sobre o medicamento, incluindo:

  • para que serve o medicamento e quais são suas principais indicações;
  • qual o tempo de tratamento com o trastuzumabe;
  • quais são as contraindicações e possíveis efeitos colaterais;
  • como o medicamento é utilizado e como funciona sua reconstituição;
  • qual o preço do trastuzumabe;
  • como funciona a cobertura pelo plano de saúde e SUS;
  • o que fazer caso não consiga acesso ao medicamento;
  • qual a importância de contar com a orientação de um advogado especialista em saúde.

Boa leitura!

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O que é e para que serve o trastuzumabe?

Trastuzumabe é um medicamento que combate o câncer de mama inicial. É indicado para uso antes, depois ou durante a cirurgia, ou para tratar câncer de mama metastático.

Quais são as indicações do trastuzumabe?

Para facilitar, descreveremos abaixo as indicações que estão presentes na bula do trastuzumab.

Câncer de mama metastático

O medicamento é indicado para o tratamento de câncer de mama metastático HER2-positivo, em monoterapia para pacientes que já receberam quimioterapia, ou em combinação com quimioterapia para pacientes que não receberam quimioterapia.

Câncer mama inicial

De forma resumida, o trastuzumabe é indicado para o tratamento de câncer de mama inicial HER2-positivo, em combinação com quimioterapia, após cirurgia e radioterapia (quando aplicável)..

Câncer gástrico avançado

O trastuzumabe também é recomendado para o tratamento de câncer gástrico HER2-positivo, em estágio avançado ou metastático, em associação com quimioterapia.

Qual o tempo de tratamento com trastuzumabe?

O tempo de tratamento com trastuzumabe pode variar conforme a indicação médica, mas alguns estudos indicam que:

  • pacientes com câncer de mama metastático devem fazer uso do medicamento até progressão da doença;
  • pacientes com câncer de mama inicial devem ser tratados por um ano ou até uma recaída da doença, o que acontecer antes. Não é indicado prolongar o tratamento além de um ano para pacientes com câncer de mama inicial;
  • pacientes com câncer gástrico avançado precisam ser tratados com trastuzumabe até que a doença fique pior.

Quais as contraindicações do trastuzumabe?

O trastuzumabe não deve ser usado em pacientes que já tiveram uma reação alérgica a ele ou a qualquer um de seus componentes.

Como usar o trastuzumabe?

Trastuzumab: como conseguir o medicamento pelo SUS e plano de saúde?

Antes de iniciar o tratamento com trastuzumab, é necessário avaliar o status HER2 do paciente. O medicamento deve ser administrado por um profissional de saúde qualificado, que deve verificar a bula e rotulagem do produto para garantir que o medicamento esteja correto. 

Além disso, devem ser usadas técnicas assépticas apropriadas. Para evitar erros, é importante verificar o rótulo do frasco-ampola para garantir que o trastuzumabe está sendo administrado corretamente.

O trastuzumabe não deve ser administrado pela via subcutânea. Este medicamento é de uso hospitalar e deve ser diluído com soro fisiológico para infusão intravenosa antes de ser administrado. Também não deve ser administrado rapidamente como injeção intravenosa ou em bolus.

Reconstituição

O medicamento deve ser manipulado com cuidado durante a reconstituição. A formação de espuma excessiva ou a agitação da solução reconstituída podem dificultar a retirada da solução do frasco-ampola.

Quais são os efeitos colaterais do trastuzumabe?

Os efeitos colaterais mais comuns do trastuzumabe são:

  • náuseas;
  • fadiga;
  • dores musculares e articulares;
  • diminuição da contagem das plaquetas;
  • dores de cabeça e constipação.

Qual o preço do trastuzumabe?

O preço do trastuzumabe pode variar conforme a apresentação, a quantidade e o local de compra. Em geral, o trastuzumabe é um medicamento caro, custando em média de R$ 15 mil ou mais por cada frasco-ampola de 440 mg.

Ou seja, o trastuzumabe é um medicamento de alto custo.

O plano de saúde deve cobrir o trastuzumabe?

Sim, caso haja a comprovação de indicação médica explicando a necessidade do uso do medicamento, o trastuzumabe precisa ser custeado pelo plano de saúde

Lembrando que isso vale para qualquer outro medicamento que esteja relacionado ao tratamento da doença.

É possível obter o trastuzumab pelo SUS?

Sim, da mesma forma que pelo plano de saúde. Se o paciente possui indicação médica, o trastuzumabe precisa ser fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Cobertura do trastuzumabe negada: o que devo fazer?

A negativa de cobertura pelo plano de saúde é abusiva e pode ser contestada judicialmente.

A Lei 9.656/98, que regulamenta os planos de saúde, obriga a cobertura de tratamento de qualquer doença listada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).

A justificativa de que o medicamento não está previsto no rol da ANS não se sustenta, pois a Justiça já reconheceu que a cobertura da doença implica na cobertura do tratamento, independentemente da sua previsão no rol.

Em diversas decisões judiciais, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu que o plano de saúde deve cobrir o medicamento Herceptin (Trastuzumabe).

O que é preciso para entrar com uma ação judicial contra o plano de saúde e o SUS?

O beneficiário precisa solicitar a negativa por escrito e, com ela em mãos, buscar orientação de um advogado especializado em planos de saúde.

O advogado poderá ingressar com uma ação judicial para garantir a cobertura do tratamento pelo plano de saúde ou SUS.

Trastuzumab: como conseguir o medicamento pelo SUS e plano de saúde?

Qual a importância da contratação de um advogado especializado na área?

A importância da contratação de um advogado especializado na área é fundamental para o sucesso de qualquer demanda judicial. Afinal, esse profissional possui conhecimento técnico e experiência na área, o que lhe permite avaliar o caso de forma precisa e tomar as melhores decisões para o cliente.

No caso de planos de saúde, a contratação de um advogado especializado é ainda mais importante, pois a legislação que regulamenta o setor é complexa e constantemente atualizada. O advogado especializado estará apto a analisar o contrato do plano de saúde, identificar as cláusulas abusivas e orientar o cliente sobre seus direitos.

Além disso, o advogado poderá representar o cliente em juízo, caso seja necessário. Em caso de negativa de cobertura de um tratamento médico, por exemplo, o advogado poderá ingressar com uma ação judicial para garantir o seu direito.

Para facilitar o seu entendimento, listamos as principais vantagens da contratação de um advogado especializado na área de planos de saúde:

  • conhecimento técnico e experiência na área, o advogado conhece a legislação que regulamenta o setor de planos de saúde, bem como a jurisprudência aplicável;
  • avaliação do contrato (no caso de plano de saúde), o profissional pode identificar cláusulas abusivas;
  • o advogado pode entrar com uma liminar contra o plano de saúde, para solicitar a liberação imediata do trastuzumabe.

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Escrito por:

Autor Elton Fernandes

Elton Fernandes, advogado especialista em ações contra planos de saúde e professor de pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar da USP de Ribeirão Preto, da Escola Paulista de Direito (EPD) e do Instituto Luiz Mário Moutinho, em Recife.

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