Remédio para tumor: classes, exemplos e como conseguir!

Remédio para tumor: classes, exemplos e como conseguir!

Homem mostrando remédio para tumor durante o tratamento

O uso de remédio para tumor é determinado para pacientes oncológicos em tratamento contra câncer. Por este aspecto, o acesso a esse tipo de medicamento é essencial para cumprir a terapêutica médica recomendada.

No Brasil, os medicamentos contra o câncer, por vezes, são considerados de alto custo pelos planos de saúde. Aspecto que abre precedente à uma ação judicial movida por advogados especializados em Direito da Saúde.

Neste artigo exclusivo, o Dr. Elton Fernandes explica quais as classes de remédio para tumor, alguns exemplos de medicamentos utilizados e como garantir legalmente seu direito à saúde e uso de remédios para tumor, tanto no plano de saúde como no SUS.

Continue no artigo e tenha uma ótima leitura!

Remédio para tumor e suas classes

Os remédios para tumor são classes de medicamentos utilizados no tratamento do câncer.

O amplo espectro de patologias conhecidas como câncer é fundamentalmente caracterizado por uma proliferação atípica e descontrolada das células, uma consequência direta de mutações ou erros no código genético das células.

Estas mutações são desencadeadas por uma variedade de fatores, que resultam na transformação de células saudáveis e funcionais em células tumorais com capacidade de afetar qualquer tipo de tecido.

Analisando a fisiopatologia do câncer, compreendemos que a divisão celular mal regulada é responsável pelo desenvolvimento da doença. As células começam a copiar seu DNA de forma incorreta, levando a erros que as geram para um ciclo contínuo de crescimento e divisão anormal.

Na medicina moderna, temos assistido a um grande progresso e desenvolvimento de novos medicamentos disponíveis para tratar o câncer. Essas terapias são fundamentais e estão em constante evolução, oferecendo novos caminhos de esperança para pacientes oncológicos.

Sendo assim, é extremamente importante que esses tratamentos sejam acessíveis aos pacientes que deles necessitam.

O acesso adequado a medicamentos de qualidade faz toda a diferença no tratamento eficaz do câncer, enfatizando a relevância de um sistema de saúde que funciona bem e garante que o paciente receba a terapia apropriada para seu caso específico.

A sinergia entre avanços no tratamento e a distribuição de remédios para tumor é crucial para um impacto positivo na batalha contra o câncer.

Atualmente, os medicamentos utilizados no combate e tratamento do câncer são classificados em tipos a depender da maneira como interferem no organismo humano, podendo ser da classe de inibidores de sinalização, inibidores hormonais, imunomoduladores e citotóxicos.

A seguir explicamos em detalhe cada um destes tipos, suas características e como contribuem no tratamento do câncer.

Inibidores de sinalização

Ao bloquear a transmissão de sinais que instruem as células a se dividirem, pode-se conter a progressão do processo que leva ao desenvolvimento de tumores.

Essa categoria de medicamentos é focada em bloquear a ação de certos genes, como KRAS, EGFR, e EML4-ALK, que estão amplamente ligados ao surgimento do câncer, particularmente o do tipo pulmonar.

Ao inibir esses genes, esta classe de remédio para tumor é capaz de interromper a cadeia de eventos que normalmente conduziria ao crescimento descontrolado de células cancerosas.

Inibidores hormonais

Essa categoria de fármacos é frequentemente empregada na terapia do câncer de mama, devido à sua capacidade de alterar níveis de hormônios, como o estrogênio.

É reconhecido que dois tipos particulares de câncer de mama, conhecidos como tumores luminais A e luminais B, apresentam receptores que são sensíveis ao estrogênio e à progesterona.

Como resultado, essa classe de remédio para tumor é utilizada estrategicamente para tratar esta variante da doença, visando diminuir a influência desses hormônios sobre o crescimento tumoral.

Imunomoduladores

Os medicamentos conhecidos como imunomoduladores têm o papel de estimular o sistema imunológico do paciente, principalmente incentivando os linfócitos, que são um tipo de célula de defesa, a atacar as células cancerosas.

Graças a essa ativação, os linfócitos conseguem identificar com mais eficiência as células doentes em um tecido específico e, após reconhecê-las, trabalham para eliminá-las do organismo.

Citotóxicos

Essa classe de remédio para tumor tem como alvo o processo de divisão celular, mas o fazem por meio de uma variedade de mecanismos distintos.

Eles podem, por exemplo, trabalhar interferindo na maneira como o DNA é sintetizado ou até mesmo agindo na síntese de componentes fundamentais como as purinas.

Médico em consulta explicando as classes de remédio para tumor

Exemplos de remédios para tumores

Diversos tipos de remédios para tumores podem ser prescritos em tratamento por um médico ou médica. Estes medicamentos podem ser da classe dos inibidores de sinalização, inibidores hormonais, imunomoduladores e citotóxicos, por exemplo.

A seguir, confira a síntese de atuação de alguns medicamentos, como indicado pelos laboratórios. Vale ressaltar que a avaliação e indicação de tratamento são prerrogativas médicas exclusivas.

Tumores de mama

No tratamento de tumores de mama, podem ser utilizados medicamentos como Talazoparibe, Tamoxifeno ou Olaparib.

  • Talazoparibe: um medicamento utilizado como terapia para certos tipos de câncer de mama. Ele é classificado como um inibidor de PARP (poli-ADP-ribose polimerase), uma enzima envolvida na reparação do DNA.
  • Tamoxifeno: um dos medicamentos mais conhecidos para o tratamento de câncer de mama, particularmente em tumores que são sensíveis a hormônios, ou seja, aqueles que possuem receptores para hormônio estrogênio.
  • Olaparib: um inibidor de PARP usado no tratamento de certos tipos de câncer, como o de ovário avançado, câncer de mama, câncer de pâncreas e câncer de próstata, em pacientes que apresentam mutações genéticas específicas, incluindo mutações BRCA.

Tumores de pulmão

No caso de tumores de pulmão, alguns exemplos de medicamentos são o Gefitinib, Pembrolizumab ou Erlotinib.

  • Gefitinib: um medicamento anti-câncer que atua como um inibidor da tirosina quinase do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). Ele é utilizado principalmente para tratar o câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) que expressam mutações específicas no EGFR
  • Pembrolizumab: é um medicamento que faz parte da classe dos imunoterápicos, especificamente conhecido como um anticorpo monoclonal. Ele é utilizado no tratamento de uma ampla gama de cânceres, incluindo melanoma, câncer de pulmão, cabeça e pescoço, e outros.
  • Erlotinib: inibidor da tirosina-quinase do EGFR. Ele é frequentemente usado no tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células e também é aprovado para outros tipos de câncer, como o câncer de pâncreas.

Tumores de próstata:

Para tumores de próstata, alguns exemplos são o Enzalutamida, Abiraterona ou  Dutasterida.

  • Enzalutamida: é uma terapia hormonal utilizada no tratamento do câncer de próstata avançado ou metastático, especialmente em casos em que o câncer continua a progredir após a terapia de de privacão androgênica (redução dos níveis de hormônios masculinos, principalmente testosterona).
  • Abiraterona: é outro medicamento voltado para o tratamento do câncer de próstata avançado. Ele atua inibindo uma enzima chamada CYP17, essencial na produção de androgênios (hormônios masculinos) pelo corpo, não apenas pelos testículos, mas também pelas glândulas suprarrenais e dentro do próprio tumor.
  • Dutasterida é um medicamento usado principalmente para tratar os sintomas de uma próstata aumentada, condição conhecida como hiperplasia prostática benigna (HPB). Ele inibe as enzimas 5-alfa-redutase, que são responsáveis pela conversão de testosterona em di-hidrotestosterona (DHT), um androgênio mais potente envolvido no aumento da próstata.

Linfoma

Já os linfomas podem ser tratados com medicamentos como o Rituximab, Bendamustina ou Ibrutinib.

  • Rituximab: é um anticorpo monoclonal que é utilizado no tratamento de certos tipos de câncer do sangue, como linfoma não-Hodgkin e leucemia linfocítica crônica.
  • Bendamustina: é um agente quimioterápico que apresenta propriedades tanto de alquilantes como de purinas análogas, e é frequentemente usada no tratamento de linfomas crônicos e de outras neoplasias hematológicas, como a leucemia linfocítica crônica.
  • Ibrutinib: é um inibidor da tirosina-quinase que tem como alvo específico a enzima BTK (quinase de Bruton), fundamental para o crescimento e a sobrevivência de células B. É usado no tratamento de várias doenças hematológicas, incluindo linfoma de células do manto, leucemia linfocítica crônica e macroglobulinemia de Waldenström.

Pessoa mostrando capsulas de remédio para tumor

Remédios para tumores são de alto custo?

Por vezes estes medicamentos apresentam um valor comercial elevado, quando comparado a outros tipos de remédio. Por isso, podem ser entendidos como sendo de alto custo unitário.

No entanto, não há um consenso sobre um valor específico que determina que o custo é ou não elevado. Por um lado, isso pode ser utilizado por seguradoras de saúde como argumento. Por outro, também pode ser válido como argumentação em ação judicial, caso seja o cenário.

De todo modo, pouco importa o valor do remédio ou a qual doença ele está destinado como terapêutica ideal. De fato, aos olhos da justiça brasileira, o critério definidor é a listagem e reconhecido do remédio pela ANVISA.

Como exemplo, os medicamentos importados e sua cobertura pelo plano de saúde.

Meu plano de saúde cobre remédio para tumor?

A cobertura de remédio para tumor no plano de saúde deve ser realizada, independente do valor unitário do medicamento receitado. Contudo, alguns aspectos devem ser seguidos para que o plano seja responsável pelo custeio do tratamento.

Em primeiro aspecto, a escolha de um medicamento para o tratamento do câncer é baseada na identificação médica da terapia mais efetiva e adequada para combater a doença. Portanto, quando um médico prescreve um medicamento específico, essa decisão não deve ser alvo de contestações por parte dos planos de saúde.

Nessa linha, entende-se que as seguradoras de saúde são obrigadas a compreender a importância do tratamento indicado pelo médico, mesmo nos casos em que o remédio tenha um custo elevado.

Entretanto, é fundamental que o medicamento prescrito esteja devidamente registrado na ANVISA, garantindo que o tratamento siga as normativas legais e os padrões de qualidade e segurança. Com essa conformidade regulatória, o uso do medicamento é oficialmente reconhecido e autorizado para o tratamento do paciente.

Quer saber mais sobre acesso a medicamentos de alto custo pelo plano de saúde e como garantir seu tratamento? Aproveite e leia o artigo exclusivo do Dr. Elton Fernandes!

Consigo remédio para tumor pelo SUS?

No Sistema Único de Saúde (SUS), o tratamento com medicamentos para pacientes com câncer segue um programa específico, que se diferencia das práticas habituais da Assistência Farmacêutica e da política de Saúde.

Esses remédios são considerados de uso especializado e complexo, sendo distribuídos de acordo com a operacionalização das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACONs) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACONs).

Desse modo, o Ministério da Saúde não distribui diretamente esses medicamentos por meio da rede de saúde dos estados e municípios.

Em vez disso, o sistema é configurado de forma que o SUS faz uma espécie de reembolso aos hospitais que são credenciados para oferecer tais tratamentos.

Para ter acesso aos remédios para tumor pelo SUS, o paciente deve ter o medicamento indicado em uma receita médica, onde o médico deve ressaltar a sua essencialidade para o tratamento.

Assim, em hospitais autorizados pelo Ministério da Saúde ou nas UNACONs e CACONs, os medicamentos já são fornecidos durante o tratamento.

No entanto, em situações excepcionais, caso haja algum problema no fornecimento, o paciente pode buscar garantir seu direito a esses medicamentos de alto custo pelo SUS.

Advogado especialista em Direito da Saúde explicando o acesso a remédio para tumor

O que fazer se me negarem um remédio para tumor?

Caso ocorra a negação do acesso ao medicamento sugerido no tratamento, existem dois cenários genéricos. No primeiro, a negativa é realizada pelo plano de saúde e, no segundo, pelo próprio Sistema Único de Saúde.

Independente de qual cenário, se no sistema público ou privado de saúde, a melhor estratégia é contar com advogados especialistas em Direito da Saúde que auxiliam por meio da elaboração e representação em ação judicial.

Estes advogados reúnem a experiência prática e as credenciais acadêmicas necessárias para oferecer suporte e orientar seus clientes através de todo o processo legal.

Com uma avaliação cuidadosa e individualizada de cada caso, esses profissionais conseguem montar ações judiciais bem fundamentadas, considerando os precedentes e uma argumentação sólida, aumentando assim as chances de um desfecho favorável para seus clientes.

O Dr. Elton Fernandes, juntamente com sua equipe, é reconhecido pela especialização em Direito da Saúde e possui um histórico de sucesso notável, representando mais de 7.000 ações judiciais por todo o Brasil.

Para receber orientação especializada, entre em contato com nossa equipe de atendimento. Marque uma consulta para esclarecer suas dúvidas e consiga a cobertura do seu medicamento prescrito!

Advogado assessorando cliente em causa de garantia do acesso a remédio para tumor

Conclusão

Neste artigo exclusivo você aprendeu sobre os tipos de remédio para tumor, sua classificação, atuação, exemplos, assim como sobre o que o Direito da Saúde prevê para casos de acesso e uso de medicamentos de natureza oncológica.

Como vimos ao longo do artigo, estes medicamentos atuam no combate e tratamento do câncer, uma classe de doenças que, sob essa designação médica, indicam o processo de reprodução celular anormal, ocasionando mutações e surgimento de células tumorais.

Por este aspecto, o acesso aos medicamentos e seu uso no tratamento é crucial. Para garantir seu direito, o Dr. Elton Fernandes conta com uma equipe de advogados especializados em Direito da Saúde, auxiliando seus clientes em mais de 7.000 ações judicias em todo o território nacional.

Entre em contato com nosso time de atendimento, agende uma consulta com o Dr. Elton Fernandes e consiga a cobertura do seu medicamento prescrito!

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A equipe do escritório Elton Fernandes – Advocacia Especializada em Saúde presta assessoria jurídica online e presencial nos segmentos do Direito à Saúde e do Consumidor.

Nossos especialistas estão preparados para orientá-lo em casos envolvendo erro médico ou odontológico, reajuste abusivo no plano de saúde, cobertura de medicamentos, exames, cirurgias, entre outros.

Não importa se seu plano de saúde é Bradesco, Sul América, Unimed, Unimed Fesp, Unimed Seguros, Central Nacional, Cassi, Cabesp, Notredame, Intermédica, Allianz, Porto Seguro, Amil, Marítima Sompo, São Cristóvão, Prevent Senior, Hap Vida ou qualquer outro plano de saúde.

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